Consumidor pode escolher modelos com ciclos de lavagem programáveis, lavagem com água quente, secagem antirrugas nos tecidos, remoção de odores e eliminação de bactérias
Já foi o tempo em que máquinas de lavar tinham botões apenas de quantidade de água e programa. Hoje, o consumidor pode escolher modelos com ciclos de lavagem programáveis, lavagem com água quente, secagem antirrugas nos tecidos, remoção de odores e eliminação de bactérias. Mas muita gente ainda tem medo de tanta tecnologia. Técnicos explicam que a preocupação é infundada.
Segundo eles, o ideal seria cada um escolher o produto de acordo com as próprias necessidades. Afinal, entre tantas opções o difícil mesmo é descobrir as próprias necessidades, explica Nilton da Silva Militão, de 55 anos, técnico de refrigeração que conserta máquinas de lavar há 35 anos.
“Mesmo as máquinas novas e mais simples de hoje têm, por baixo do botão que parece convencional, placas eletrônicas, como as dos modelos mais caros. Portanto, sabendo usar, pelo menos elas devem durar quatro, cinco anos sem problemas, seja qual for o tipo escolhido”, explica ele.
Mas nem sempre isso se aplica a lava e secas. Segundo o profissional, por conta dos novos modelos fica difícil encontrar peças que quebram – e muitas vezes são mais caras. Por isso, a orientação é buscar marcas com assistência técnica perto.
Problema da máquina
João Costa, de 64 anos e que há 20 conserta máquinas de lavar, lembra que outro engano é pensar que o problema é sempre da máquina. Verificar fiação elétrica do lar é fundamental para aumentar a durabilidade do produto, independentemente da escolha.
“Às vezes, a pessoa pensa que o produto é ruim, mas as oscilações de energia é que muitas vezes causam os defeitos. Aí, tem que trocar a placa. Dependendo do preço, nem sempre vale a pena”, conta ele.
Erros comuns
Entre as dicas dos profissionais, Costa conta que sabão demais corrói e danifica as máquinas. As de abertura frontal podem, até, na pressão, abrir a tampa. “Muito conserto é por conta disso. Tem que usar o dosador”, aconselha.
Ele dá outra dica que é não ter medo de botões. Afinal, independentemente do modelo escolhido e funções, não há problema em usar sempre os mesmos programas.
“A única coisa que machuca é o bolso. Porque quanto mais funções, geralmente mais cara ela é. O bom é ver a necessidade de ter tudo isso ao escolher”, diz.